quarta-feira, 27 de julho de 2011

plantações no terraço II

Ando com a cabeça completamente em água. Se vou à praia, está calor mas vento frio, o mar apresenta bandeira amarela ou vermelha, por este andar nunca mais fico bronzeada.

Se vou ao campo, apanho um dia de calor estupendo e aumento o meu bronze à pedreiro.

No terraço as árvores continuam a crescer, como se pode comparar aqui, umas são mais despachadas que outras.




anoneira
 Passei por aqui e fiquei admirada de ver esta parede, do Hotel Liz. Nunca tinha reparado que deixam apenas a parede frontal e derrubam tudo o resto. É um faz de conta que é o mesmo prédio.




A Fonte das Carrancas ou Fonte das 3 bicas ficou bonitinha com as obras que fizeram nesta rua. Lavaram-lhe a cara. Continua a água imprópria para beber. Em tempos costumava aqui beber a caminho do liceu.

Este post meio atarantado demonstra bem que ando cansada. Costuma dizer-se que quem muito burro toca algum fica atrás. Sendo assim, e não contente com o que tenho entre mãos resolvi voltar a restaurar algumas coisas na casinha de família.

Desisti duma das partes porque tem lá o letreiro vende-se. E restaurar essa parte é como chover no molhado.

Voltei-me agora para a outra parte, e ando de volta do chão que queria voltar a encerar e a tratar das janelas. Este trabalho é muito demorado e talvez mais dia menos dia venha a ter a mesma placa que ostenta o resto do prédio. O chão tinha alcatifa colada com cola de contacto e antes disso tinha alcatifa com pregos. Já devo ter arrancado 100 preguinhos. Mais difícil será remover a cola. Também já não encontro sabão amarelo para lavar o chão. Gostava de lhe fazer o tratamento que faziam antigamente. Primeiro era o chão todo lavado com sabão amarelo. Depois de seco levava uma camada de petróleo. Depois de secar espalhavam a cera. Que cheirinho e que lindo que ficava. Este trabalho era feito anualmente por 2 ou 3 mulheres. A manutenção limitava-se a raspar o chão com palha de aço ou mais cera conforme a necessidade.

Parece que gosto de fazer e desfazer. Mas não é bem por causa disso. Tenho uma grande ligação a esta casa, nela nasci, nela cresci... É uma casa antiga, com grandes divisões, pouco cómodas para a vida actual, com uma manutenção quase impossível nos dias que correm. Não gostava de a trnasformar numa fachada com apartamentos por dentro, muito menos gostava de me desfazer dela. Mas os bens materiais não interessam nada. Ficam cá todos.

Conclusão: Este post pode muito bem servir para uma semana :) depende de como me correr o trabalho e da inspiração.

1 comentário:

  1. Maria Paz...
    Ora aqui está uma mensagem de blogue polivalente...
    Deixa-me comentar cada um dos assuntos.
    Realmente está um tempo estranhíssimo. Regressei anteontem do meu Alentejo, no meu velho Fiat de 16 anos. Um calor infernal, muito perto dos 40 graus. Ontem, frio e chuva. Parecia um dia de Inverno. Destruiu as Ruas Floridas do Redondo. Gostei da expressão "bronzeado de pedreiro"....
    A Nespereira e a Anoneira estão a crescer bem e felizes...
    Vivemos num país e num tempo do "faz-de-conta". Faz de conta que o velho Hotel ainda existe...
    Por quanto tempo a Fonte das Carrancas vai estar limpa? Provavelmente até ao próximo "grafitti"...
    As nossas velhas casas... cheias dos bons e maus cheiros das casas que têm memórias e alma. Cheias de sombras e fantasmas. Como eu sinto isso nas minhas horas de nostalgia e pasmo e o pensamento voa para a minha velha casa...

    Um abraço

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