quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

dia da dependência - copiado e colado

Acabadinho de chegar por e-mail

Dia da Dependência



O “mito” do “Excessivo número de feriados” em Portugal, reparem no número de feriados de alguns países da UE
 
.Roménia 6
Itália 11
Polónia 11
Bélgica 12
Hungria 12
Irlanda 12
Luxemburgo 12
França 13
República Checa 13
Suécia 13
Malta 14
Portugal 14
Áustria 15
Alemanha 17
Grã-Bretanha 18
 
Há um pormenor interessante. É que Portugal é o país mais antigo da Europa, por isso, é natural que tenha mais feriados históricos como o 1 de Dezembro que hoje envergonhadamente comemoramos (pois onde está o objecto da comemoração? quando em tudo somos dependentes até de autorização para comemoramos as datas que marcam a nossa identidade divino-pagã). Mas olhando para os países com mais feriados, poderemos concluir ao jeito da Troika e dos seus apaniguados, que afinal os feriados são benéficos para a Economia
Diz a propaganda paga a peso de ouro pelas offshores peritas em branqueamentos que cada dia de feriado custa 37 milhões de Euros à economia portuguesa. Nem eles explicam como são feitos esses cálculos (nem sabem nem querem saber), algum troikano o terá dito no meio de um delírio e com base em estudos elaborados por um programa informático muito conceituado chamado STupid e logo passou a ser um dogma.No entanto, com casos como o BPN, as Parcerias Público-Privadas, os subsídios à Banca e as comissões à Troika (não acrescentando mais nada), são gastos mais de 18 mil milhões de euros, significa que cada um dos 365 dias custou cerca de 50 milhões de euros a alguns portugueses, pois outros que todos nós vamos conhecendo, encabeçados pelo grande líder do rapinanço “O Padrinho Cavaco”, fazem desses custos grandes proventos.
O 15 de Agosto, que querem abolir, é o feriado mais importante do país em termos de festividades populares e de reunião de famílias, principalmente nos concelhos que têm muitos emigrantes. Esse dia é um dos dias se não o dia do ano de maior actividade económica e de promoção turística.
Gostaria que dessem uma leitura ao texto (principalmente na súmula) de um daqueles homens que costumamos homenagear depois da morte.
Deus o guarde em saúde para pensar e escrever durante muitas décadas, pois pensadores profundos e independentes como ele são um património de incomensurável valor.
 
Zelig em São Bento
 
por VIRIATO SOROMENHO-MARQUES
 
A política doméstica de Portugal é hoje, inteiramente, política europeia, ou melhor, política alemã. O que se passa em Portugal, como ficou provado na discussão do Orçamento, é uma grosseira simulação de uma liberdade que o País já não tem. O Executivo de Passos Coelho, salvas as devidas distâncias, tem tanta margem de manobra sobre o guião das políticas públicas como os governos de Quisling, na Noruega, ou de Pétain, em França, nos anos da Ocupação. Para esta grotesca ficção de aparente normalidade, colaboram também os ardores retóricos da Oposição, em particular os antigos ministros de Sócrates, agora sem gravata, e indumentária mais leve. A nossa política entrou, definitivamente, para o registo das actividades circenses. Ficou definitivamente confirmado que o chefe do Governo padece do sindroma de Zelig, bem abordado no filme com o mesmo nome, rodado por Woody Allen, em 1983. Já se percebeu que Passos Coelho não consegue estabilizar uma ideia, pois o centro do seu discurso oscilatório não se encontra no âmbito de uma actividade mental endógena, a que chamamos pensamento, mas nas trocas emocionais com os seus interlocutores, sobretudo se forem vislumbrados como poderosos. Junto de Merkel, nega os eurobonds, que antes defendera. Junto de Juncker, recusa negociar com a troika qualquer correcção do memorando, quando antes o havia sugerido. Agora, que a Zona Euro está à beira do abismo, Passos Coelho pisa a única hipótese de salvação, que até o distraído Cavaco Silva considera fundamental: a declaração por parte do BCE da disponibilidade para intervir "ilimitadamente" no mercado secundário da dívida pública. Portugal, nesta hora crítica, continua órfão de liderança. Mas a senhora Merkel está de parabéns. Mesmo neste "indisciplinado" país, encontrou um feitor à sua altura.
 
Bom feriado

1 comentário: