sexta-feira, 5 de agosto de 2011

às vezes nem me reconheço

nem reconheço nada, nem reconheço a gente que por mim passa, como pessoas. E mais assustada fico quando comprovo que também começo a sofrer do mesmo mal.

Ontem na cidade, numa avenida onde passa tanta gente, vi um homem caído no chão e nem sequer fui ver o que se passava. Isto não parece meu. Desculpas arranjo muitas. Porque ia com pressa, maldito século em que todos andamos a correr atrás de nada, porque ia com a filha e o caso pareceu-me que podia dar para a confusão... muitos porquês. Continuei a andar, olhando de vez em quando para trás, ninguém viu, ninguém perguntou nada, ninguém se ralou com aquele homem caído no chão. Parecia bêbado, maltrapilho. Merda... que mundo.

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