sexta-feira, 8 de julho de 2011

horta comunitária urbana

Está na moda e fica bem, ter uma horta comunitária urbana. Mas como é que isso funciona? Pensava eu, na minha ignorância, que era uma utilização gratuita de um terreno do estado ou particular. Há tempos vinha um anúncio no Custo Justo a anunciar uma horta comunitária e telefonei para saber. 1º era à mesma distância do meu terrenozito por isso não me dava a vantagem de não gastar gasolina ou evitar transporte rodoviário. 2º tinha um custo, que não me lembro, por m2. 3º os lotes tinham uma área estipulada. Não quis saber mais porque afinal não me interessava.
Apareceu agora, dentro da cidade de Leiria, uma horta comunitária ou partilhada ou horta na cidade. Passo a dizer o que me informaram na fonte. É uma casa, em ruínas ou quase com um grande terreno. Aceitam voluntários para restaurar a casa, fazer várias obras entre elas um lago, uma construção ecológica e arranjar o terreno para a horta. Essa horta também tem um preço de utilização por m2. Os donos da ideia ou da quinta dizem-se sem fins lucrativos.
Dialogando sobre o assunto com uma pessoa amiga, dizia eu que isto é uma grande mama.
Com esta ideia de "sem fins lucrativos" e para ajudar crianças (com problemas), as ditas pessoas arranjam pessoal de graça, (voluntários) para lhes limparem e restaurarem a casa e o terreno,e ainda alugam os talhões. De facto são espertos. Mas digam lá se não é uma grande mama.

2 comentários:

  1. Olá Maria...

    A designação "Horta Urbana" e "Horta Social", é uma terminologia moderna, principalmente a primeira, que está na moda para referir uma actividade que já existe há muitos anos. Nós somos um povo com fortes raízes na terra e quando nos deslocamos da nossa pequena aldeia para uma grande urbe, queremos muito trazer connosco um pedaço do nosso "terrunho". É esse desígnio que está na génese das tais "hortas urbanas". Não cortar a ligação à terra. Só que, como parece que tudo neste país, isso pode ser uma espécie de presente envenenado. As autarquias, em muitos casos apropriaram-se dessa actividade das populações citadinas para tirarem proveitos. É claro que não tenho o direito de generalizar. Posso dar um exemplo que eu conheço bem: A Autarquia de Vila Franca de Xira. Na Quinta Municipal da Piedade, na Povoa de Santa Iria, uma antiga quinta senhorial adquirida pela câmara, existia um velho olival com terrenos abandonados. A câmara decidiu dividir esse espaço praticamente abandonado em talhões e cede-los mediante inscrição aos munícipes. A principio eram 10 talhões mas agora já são meia centena. Os candidatos receberam formação em agricultura biológica, única possível, ministrada pela Agrobio, que também dá apoio permanente. A água, de poço, é fornecida pela autarquia. Eu tive a oportunidade de visitar este espaço e fiquei surpreendido com o êxito da iniciativa.
    As hortas urbanas e as hortas sociais, principalmente estas ultimas, têm também uma vertente social, que promove o convívio e a integração de pessoas muitas vezes marginalizadas ou que vivem em ambiente de solidão.
    Muitas chama-se hortas urbanas a algo que mais não é do que uma invasão de propriedade privada. Pessoas que ocupam espaços devolutos, mas sem autorização do proprietário, ou então uma agricultura desregrada, sem controle, com utilização de água contaminada, por vezes de esgotos, para rega. O conceito de horta urbana não é nada disto.
    Se quer a minha sugestão, dirija-se à sua câmara municipal e informe-se se existem hortas urbanas da autarquia e em caso afirmativo quais os requisitos para lhe ser concedido um talhão.

    Um abraço

    João Carlos

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  2. Parece-me que as hortas de que a Maria da Paz fala nada têm a ver com as do Jardineiro do Rei!
    Há sempre gente com boas ideias...para resolverem os seu problemas a custo 0 e ainda com lucros!
    Por aqui não há nada disso!

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