quinta-feira, 3 de novembro de 2011

António Aleixo

Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.


Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.


Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.


Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!


Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.


António Aleixo

4 comentários:

  1. Lúcido e certeiro o Aleixo.

    Um abraço,
    mário

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  2. E também oportunas sentenças para ler nestes nossos dias... e acordarmos!
    Saudações.

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  3. Maria...

    Fixei-me na ultima quadra...

    "Esta mascarada enorme
    com que o mundo nos aldraba,
    dura enquanto o povo dorme,
    quando ele acordar, acaba."

    Na realidade, talvez seja preciso que o povo acorde de vez para acabar com esta enorme farsa em que estamos envolvidos. Só que a "mascarada" a que se refere António Aleixo,tem uma sustentação legal nos tempos que correm. Os rostos que sustentam a mascarada não os conhecemos. São difusos.
    No tempo de Aleixo, podíamos apontar nomes e caras. Hoje alguém sabe o nome do responsável pela "mascarada"? Hoje lutar contra eles, talvez seja como lutar contra moinhos de vento...

    um abraço

    joão

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  4. olá amigos leitores

    obrigada pelas vossas visitas e comentários

    estou plenamente de acordo com o João (jardineiro do rei) presentemente não se sabe com quem lutar. Quem são eles?
    è mesmo uma luta contra moinhos de vento :(

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