diversidade

De manhã no campo, à tarde na cidade.

Pequenos mimos, agarrar algumas folhas de couve para eles comerem. E, embora muito esquivos, não se fizeram rogados. Cuidadosos conseguiram não me penicar.

 Os pintos quando nascem estão cobertos de penugem e geralmente são amarelos ou pretos, já vi pintos azuis e verdes e de outras cores. É corante que põem nos ovos, não sei como... Os meus pintos todos os dias ganham penas novas e as diferenças acentuam-se. Pescoço pelado ou não, isso nota-se logo à nascença. O pinto preto está a ganhar um colar castanho, mas que em contraste com o negro parece dourado, os castanhos, qualquer dia, os que forem galos ficam com penas douradasou erverdeadas, outro pedrês, outro com um desenho que parece os aventais de chita escura, a ganhar um colar branco com pintas pretas. A crista também pode ser diversa, pode ser grande ou pequena,  tombada, ou erecta, romana... ainda não dá para ver mas parece-me que não há romanas, que pena.

 À tarde o meu instrumento foi a seringa. Não injectei os pintos ou qualquer animal racional ou irracional.
Andei a dar injecções na madeira. Esta estante parece um crivo. Quase que apetece mandá-la directamente para o lixo. Com a dose de veneno vi dois carunchos que não aguentaram e vieram cá para fora. Podia ter tirado o retrato mas matei-os antes que fossem roer outra madeira, Tentar restaurar esta estante vai ser um bico de obra. Devo ser masoquista, só pode.

Tenho andado no restauro do chão do prédio de família. Arracar alcatifa, lavar soalho, um banho de xilofene, hoje já pincelei algumas tábuas com petróleo. Estou desejosa de encerar um bocadinho. Pedi orçamento para afagar o chão, mas acho que vai perder o encanto. Algumas tábuas com buracos, buraquinhos e buracões, que não sei como vou resolver...

Limpar móveis antigos, bons ou nem por isso, tratá-los.

Janelas também a precisar de cuidados. Tudo a precisar de qualquer mãozinha.
Tenho muito com que me entreter.