sexta-feira, 10 de junho de 2011

tenho saudades das pessoas

das que nos olham nos olhos, que nos entendem ou tentam entender-nos ou simplesmente nos aceitam, tal como somos, sem grandes dramas, lavagens cerebrais e outros sermões que tais, das que nos abraçam sem razão, das que em troca duma gaffe não nos respondem logo com duas pedras na mão...sei lá como identificar aquelas pessoas, que são de facto pessoas, e que me fazem falta. Cada vez encontro menos pessoas, talvez porque também andam com muitos problemas e a pensar resolvê-los, ou haverá cada vez menos pessoas.
Apeteceu-me dizer isto, não sei porquê, ou talvez porque, ontem, estava cansada e resolvi deitar-me um pouco, à tarde, e logo o meu gato (um dos três), este aqui de cima, veio muito preocupado ter comigo, cheirou-me, andou à minha volta, conseguiu enfiar-se dentro da camisola por duas vezes e lá ficou um pouco... este gato como se pode ver é meio tontinho, bebe água mergulhando a pata e depois lambe a pata, dorme em cima do milho (também gosto de mexer no milho)... Lá pensou para com ele >>>que estranho a minha dona a esta hora deitada, vou ver o que se passa<<<  Que pena as pessoas não terem essa sensibilidade... ainda há algumas. Estamo-nos transformando em almas insensíveis, de tão pouco viver e tanto recear.

1 comentário:

  1. Um texto muito bom,daqueles que nos deixam sem palavras,já está lá tudo.

    Podemos sempre contar com os animais e,já agora,também com as plantas,tenho algumas muito minhas amigas.
    Um abraço,
    mário

    Post scriptum:
    Sou apenas um aprendiz de feiticeiro em fotografia e na vida.Técnica?qualquer alfarrábio nos ensina,o meu grande problema é transmitir,a técnica,aos animais e,muitas vezes,à aragem e ao Sol.

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