segunda-feira, 27 de junho de 2011

no terraço

com o calor fico por casa, uma casa normal, mas fresquinha e com um pequeno terraço. Neste terraço há de tudo,  uma confusão de bric a brac e...

As plantações nos vasos ou nos rolos de papel não correram tão bem como pensava.

Dois caroços de nesperas, das mais doces, porque as nespereiras são muito altas e acabo por não comer os frutos que ficam para a passarada, colocados num rolo e esse rolo dentro de um vaso. Tive a excelente ideia de trazer terra, para não usar terra estéril e adubada, da que se compra em sacos (que bela ideia), como se pode ver nasceu de tudo, parecem-me beldroegas neste vaso, mas finalmente a nespereira está a nascer...

 no outro talvez venha a nascer, mas a profusão de infestantes é maior
 tremoços e favas, escolhidas (talvez) as melhores sementes, acabam de secar para a próxima sementeira
as outras sementes secam à parte
 num canto do terraço moram uma árvore da borracha (herdada de um vizinho que se mudou), um pinheiro (semente que apanhei junto à Câmara Municipal e germinou), uma laranjeira brava, porque nunca foi enxertada  (nascida de umas sementes de laranja), noutro canto uma figueira, um limoeiro, e outras plantas
 Estas árvores aprisionadas em vasos aguardam que um dia eu seja realmente dona da totalidade de um bocado de terreno. Entretanto vão sobrevivendo e já me ultrapassam em altura o que não é difícil.
a única coisa florida são estas sardinheiras que comprei este ano, e que devem ainda estar cheias de amónio ou outro sucedâneo por isso está cheinha de flores.

Neste terraço já os filhos brincaram, a andar de triciclo, trazia grandes caixas de cartão onde recortava porta e janelas e eles lá faziam teatrinhos, festas de anos, saltar à corda...  esses tempos já passaram. Hoje descascava eu tremoços e favas, enquanto ensinava a menina a fazer renda, ele desmontava a bicicleta que provavelmente não será capaz de montar de novo.

Mudam-se as idades, mudam-se as brincadeiras. Gosto de ter este bocado da casa em que posso ver o céu.

1 comentário:

  1. Olá Maria...
    Obrigado pela visita ao meu espaço... É a primeira vez que deambulo pelo seu cantinho. Ainda não tive tempo de o saborear com calma, mas prometo fazê-lo.Gosto da maneira boa como lida com as palavras. De uma forma simples, como simples devem serem as coisas que dizem respeito à terra.
    Eu sou jardineiro só por paixão. Nunca vendi uma planta... Para mim o acto de plantar ou de semear e ver a plantinha desabrochar e crescer é a melhor das compensações...
    No seu simpático comentário quer deixou no meu blogue referiu a dificuldade em ver-se livre das formigas. Elas são realmente um problema, mais pelo incómodo de as ter do que pelo prejuízo que causam. Normalmente as formigas estão associadas a outros problemas, como a presença de pulgões nas folhas. Os pulgões alimentam-se da seiva das folhas e ao libertarem os excrementos estes tem um aspecto de melada (como existe nas folhas das laranjeiras por exemplo. Esta melada é doce e serve alimento às formigas, que circulam nas imediações. Estabelecem-se relações de cumplicidade entre os pulgões e as formigas. Elas chegam a transportar os pulgões para outra folha, quando aquela em que estão já está esgotada! Coisas da nossa Mãe-Natureza...
    Há um preparado artesanal para as formigas. Dentro de dias vou publicar a receita no meu blogue, mas vou deixá-lo aqui, em primeira mão...
    Isco em armadilha:
    Água (1 litro)
    Açúcar castanho (250 gramas)
    Ácido bórico (50 gramas)
    Algodão embebido neste composto dentro de um frasco de plástico tapado, com pequenos buracos na tampa.
    Coloca-se o frasco junto à zona infestada pelas formigas. Elas são atraídas pelo aroma do açúcar, entram no frasco pelos buracos e morrem por asfixia.
    O ácido bórico é vendido nas drogarias.
    Este preparado é usado em agricultura biológica.

    Voltarei em breve...

    Jardineiro

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