sexta-feira, 29 de abril de 2011

mobilidade episódio III - encruzilhada

Ando a pensar em pedir o reinicio de funções. Voltar para o tal sítio onde pedi a mobilidade especial voluntária.

Mas pensando bem, será que eu quero um emprego ou um trabalho? Claro que o que eu quero é dinheiro, mas também o quero merecer.

No último emprego, onde estive 3 anos e para o qual pedi transferência e perguntando se havia trabalho, passei a maior parte do tempo sem fazer nada. Nada de nada, nadinha. E o pouco trabalho que havia também não dava para evoluir. Penso até que involui bastante nestes anos.

Sendo assim será boa ideia voltar para lá?

Quando andei a vender livros de porta em porta apercebi-me que a maioria das pessoas não se sentia realizada com o emprego e apenas o mantinham por questões económicas. Eu pensava - que sorte tenho em fazer o que gosto - pois gosto do contacto com os outros, seja para vender ou não.

Mas as vendas têm um senão. Ganha-se à comissão e se adoecemos ou não andamos numa fase boa lá nos saltam os chefes em cima e lá se vai o rendimento. A agricultura/pecuária à qual estive ligada durante 3 anos também não dá nada.

Será que tenho que voltar a estar 7 horas sem produzir para ganhar algum? Se calhar! Se calhar!

Agora olho ali para os meus gatos e penso que são uns sortudos porque não têm que tomar decisões. Rica vida gatinhos.

Para quem vem aqui ter à procura de notícias sobre a mobilidade especial voluntária, dou um conselho. Pensem bem. As percentagens não são bem como eles dizem e depois se gostam de não fazer nada, deixem-se estar. Quanto ao meu pedido de licença extraordinária, pasmem mas ainda não tive resposta, há um ano. É que há alguns funcionários que não fazem mesmo nada de nada. Onde andará o meu papel?

Esta é uma daquelas situações em que a minha mãe me faz muita falta. Lá iria ter com ela a contar-lhe o que se passava. Podia até não dizer nada ou dizer qualquer coisa que não me resolvia nada. Uma frase daquelas que as mães dizem. E eu provavelmente não faria nada do que me aconselhava.

1 comentário:

  1. Não conheço essa figura de "estilo" aplicada ao mundo laboral!
    Felizmente que estou aposentada mas compreendo as suas angústias!

    Abraço

    ResponderEliminar