quinta-feira, 30 de junho de 2011

chiiiii

imagem da net
Corte de 50% no subsídio de Natal.

Adeus Governo Civil, Governadores Civis, toca a andar, e os serviços que faziam, alguém que os faça, os funcionários ???, é preciso vender o património arquitectónico...

Estará o Coelho apenas a cumprir ordens da Troika, a seguir o acordo assinado??

Não auguro nada de bom para o futuro. Já vendemos o ouro do estado, os particulares também andam a vendê-lo, ou serão os ladrões que o andam a vender, mas é o ouro dos particulares, a agricultura, indústria e comércio estão abrasados, os portugueses, alguns, estão como o boneco acima, o património arquitectónico vai a seguir. Costuma-se dizer destas pessoas que até vendiam a mãe...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

no terraço

com o calor fico por casa, uma casa normal, mas fresquinha e com um pequeno terraço. Neste terraço há de tudo,  uma confusão de bric a brac e...

As plantações nos vasos ou nos rolos de papel não correram tão bem como pensava.

Dois caroços de nesperas, das mais doces, porque as nespereiras são muito altas e acabo por não comer os frutos que ficam para a passarada, colocados num rolo e esse rolo dentro de um vaso. Tive a excelente ideia de trazer terra, para não usar terra estéril e adubada, da que se compra em sacos (que bela ideia), como se pode ver nasceu de tudo, parecem-me beldroegas neste vaso, mas finalmente a nespereira está a nascer...

 no outro talvez venha a nascer, mas a profusão de infestantes é maior
 tremoços e favas, escolhidas (talvez) as melhores sementes, acabam de secar para a próxima sementeira
as outras sementes secam à parte
 num canto do terraço moram uma árvore da borracha (herdada de um vizinho que se mudou), um pinheiro (semente que apanhei junto à Câmara Municipal e germinou), uma laranjeira brava, porque nunca foi enxertada  (nascida de umas sementes de laranja), noutro canto uma figueira, um limoeiro, e outras plantas
 Estas árvores aprisionadas em vasos aguardam que um dia eu seja realmente dona da totalidade de um bocado de terreno. Entretanto vão sobrevivendo e já me ultrapassam em altura o que não é difícil.
a única coisa florida são estas sardinheiras que comprei este ano, e que devem ainda estar cheias de amónio ou outro sucedâneo por isso está cheinha de flores.

Neste terraço já os filhos brincaram, a andar de triciclo, trazia grandes caixas de cartão onde recortava porta e janelas e eles lá faziam teatrinhos, festas de anos, saltar à corda...  esses tempos já passaram. Hoje descascava eu tremoços e favas, enquanto ensinava a menina a fazer renda, ele desmontava a bicicleta que provavelmente não será capaz de montar de novo.

Mudam-se as idades, mudam-se as brincadeiras. Gosto de ter este bocado da casa em que posso ver o céu.

sábado, 25 de junho de 2011

desenhos

a ordem quase perfeita - desenho geométrico



o caos - a imitar Picasso

dia de praia

Uma das praias onde gosto de ir é à Praia das Paredes, da Senhora da Vitória ou do leão deitado, este último nome devido à formação rochosa que se assemelha ao dito leão

 é uma praia sossegada sem grande comércio, mas mesmo assim é difícil o estacionamento. 
O mar estava em maré vaza mas bravo bandeira vermelha  e amarela, deu para passear à beira mar com a água pelos artelhos
 o mar não está azul mas a água transparente e a espuma branca e saudável, não era daquela espuma que parece do detergente e que não se desfaz, era apenas espuma de sal, tão bom
 a temperatura na praia, nestas praias é sempre suportável e se o não for um mergulho na água gelada logo nos refresca, o sol hoje também estava bonzinho, como nos tempos antigos, que curava a pele
 a areia também ainda está limpa, mais dia menos dia vai ficar imunda e esse lixo vai para o mar... oh povo sem remédio!
três peças usuais, a toalha, já pré-histórica, um cinzeiro, pois claro para não poluir areia e uma pedra.
O ano passado resolvi começar este esquema. Cada dia que vou praiar trago uma pedra e nela escrevo a data e o nome da praia. No ano passado três ou quatro pedras :(

uma andorinha resolveu fazer o ninho na praia, pronto uma menina com casa na praia, fixe, num restaurante/ café no areal.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

sem muitas palavras

Subi mesmo até ao alto e dei a volta por trás

Este arbusto deve ser semeado e tem uma flores lindas


 esta pequenina é expontânea
 esta também estava na zona em que me parece que será semeada, com uma flor e folhas fora de vulgar

 esta expontânea, tem uma flor fora de vulgar que não consegui focar, os especialistas devem saber o nome
 há tempos quando fotografei esta flor, branca, bem disse que me parecia já ter visto de outras cores

aqui estão elas misturadas, no entanto dá para ver que as folhas são diferentes


a diversidade é enorme, em cores, tamanhos, formas

quarta-feira, 22 de junho de 2011

pequenas maravilhas

Apetecia-me deixar a borboleta azul durante uns dias ou semanas a enfeitar o meu blog

mas, atrás da borboleta do medronheiro, tenho ido regularmente à Senhora da Encarnação

Parece que a flora e fauna se altera todos os dias.

Diariamente vejo uma nova planta um novo insecto


 ainda não contei os degraus nem os patamares mas este pequeno passeio limpa-me a vista e a alma

esta borboleta, tão simples e vulgar, fica aqui com outro brilho, no meio da vegetação

a zigaena pousou no muro branco, queria apanhá-la a voar. Fica fixe, toda encarnadinha,e andam por lá muitas

terça-feira, 21 de junho de 2011

azulinha

chiiuuuu... fiquemos só com as imagens






a mesma borboleta em várias poses - fotografias tiradas hoje no monte da Senhora da Encarnação

Verão

Hoje começa o Verão e a malta vai trabalhar p'ro bronze.

Esta caixinha parece uma barraca, faz-me lembrar a praia, os Palheiros de Mira, a Costa Nova...

Neste período de férias escolares, com dois filhos adolescentes, que não podem ainda trabalhar, certamente vou ser menos assídua nas postagens. Também espero ir uns dias à praia, embora já tenha gostado mais dessas saídas. O mar está poluido e vivendo num distrito com muitas lindas praias, muitas, com bandeira azul, ultimamente fico a pensar se será mais saudável ir à praia ou ficar por aqui. O homem, a poluição, os desastres ecológicos, o buraco do ozono; o astro rei, o sol criador, está cada vez mais perigoso. Aqui deixo também o alerta, vejam os níveis de radiação e protejam-se, mesmo na cidade, e bebam muita água. Isto não está para brincadeiras.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

estrelinha e estrelinhas


Não pensem que já sei tirar fotografias destas

estrelinha - fotografia de Mário Martins do blog trepadeira
cliquem na imagem que vale a pena ver em pormenor   actualização apercebi-me agora que ao clicar a imagem não aumenta, quen quiser ver este passarinho com boa definição tem que seguir o link já anteriormente abaixo indicado
Às vezes gosto de andar nos blogs amigos, a ver coisas antigas. Foi o caso de uma das muitas idas ao blog trepadeira, e lá encontrei esta fotografia. Este passarinho chama-se estrelinha e conforme diz o Mário  esteve muitas horas a rezar para conseguir esta fotografia. Acredito. Mas valeu a pena. É lindissimo. Lá também vi escrito que se pode utilizar as fotografias do blog desde que se indique a proveniência da mesma.

As estrelinhas são estas. A semelhança, além do nome, é serem pequeninas


e dedico-as aos meus leitores e comentadores. São poucos mas bons.

domingo, 19 de junho de 2011

Alvéola sou eu

Não sei o nome
actualização em 27-6-2011 após pesquisa descobri que esta flor se chama nigella damascena, L, vulgarmente conhecida por cabelos de vénus, barbas de velho


será uma joaninha??

 também não me parece um gafanhoto chama-se esperança e canta ao anoitecer esfregando as asas uma na outra mais uma informação preciosa do Mário da trepadeira ainda tenho alguma esperança que este país vá p'ra frente. 


estas sim, são cebolas, finalmente apanhei-as
e também arranquei as faveiras. ainda falta fazer muito mais. Entrançar as cebolas e descascar as favas.

Ando que pareço uma alvéola. Esta expressão que também se diz parece uma arvéola, significa que anda de um lado para o outro, com ar de palerma, aparentemente sem nada fazer. E quanto mais faço menos vejo.

sábado, 18 de junho de 2011

se

postal - Lisboa a galinheira
da minha colecção de postais

Se eu morasse em Lisboa
Se houvesse, ainda, galinheiras

Comprava uma galinha
E fazia uma canjinha

Mas como moro em Leiria
E está uma pasmaceira

Vou apanhar limonete
E fazer um chá diferente

fome

imagem tirada da net, desconheço o autor
Hoje apetece-me falar sobre a fome. Ou mostrar a fome.

Há muitos tipos de fome. Esta que aqui está ilustrada é a fome de alimento, de nutrientes e num mundo em que sobram alimentos, em que se enterram alimentos por questões económicas como foi há anos em que se enterraram toneladas de laranjas e até pagaram aos agricultores para o fazerem, morrem ainda muitas pessoas por falta de alimento e água potável.

Depois há a fome de outras coisas, não menos necessárias, e que podem também provocar a morte de algumas partes do nosso corpo transformando-nos em não pessoas ou em pessoas incompletas.

Não vou divagar muito, vou por exemplo transcrever um poema de Jacques Prevert que também fala sobre fome de que sempre gostei, tanto do poema como do poeta.

La grasse matinée

Il est terrible
le petit bruit de l'oeuf dur cassé sur un comptoir d'etain
il est terrible ce bruit
quand il remue dans la mémoire de l'homme qui a faim
elle est terrible aussi la tête de l'homme 
la tête de l'homme qui a faim
quand il se regarde à six heures du matin
dans la glace du grand magasin
une tête couleur de poussiére
ce n'est pa la tête pourtant qu'il regarde
dans la vitrine de chez Potin
il s'en fout de la tête de l'homme
il n'y pense pas
il songe
il imagine une autre tête
une tête de veau par exemple
avec une sauce de vinaigre
ou une tête de n'ímporte quoi qui se mange
et il remue doucement la mâchoire
doucement
et il grince les dents doucement
car le monde se paye sa tête
et il ne peut rien contre le monde
et il compte sur ses doigts un deux trois
un deux trois
cela fait trois jours qu'il n'a pas mangé
et il a beau se répéter depuis trois jours
Ça ne peut pas durer
ça dure
trois jours
trois nuits
sans manger
et derriére ces vitres
ces pâtés ces bouteilles ces conserves
poissons morts protégés par les boîtes
boîtes protégées par les vitres
vitres protégés par les flics
flics protégés par la crainte
que de barricades pour six malheureuses sardines...
Un peu plus loin le bistro
café-crême et croissants chauds
l'homme titube
et dans l'intérieur de sa tête
un bruillard de mots
un bruillard de mots
sardines à manger
oeuf dur café-créme
café arrosé rhum
café-créme
café-créme
café-créme arrosé sang! ...
Un homme trés estimé dans son quartier
a été égorgé en plein jour
l'assassin le vagabound lui a volé
deux francs
soit un café arrosé
zéro franc soixante-dix
deux tartines beurrées
et vingt-cinq centimes pour le pourboire du garçon.
Il est terrible
le petit bruit de l'oeuf dur cassé sur un comptoir d'etain
il est terrible ce bruit
quand il remue dans la mémoire de l'homme qui a faim.

Falou Jacques Prevert

Tenho um LP onde Mouloudji interpreta este poema mas não encontrei na net, dito por ele.

Contudo, encontrei meninas e meninos, suspeito que sejam duma escola francesa, a recitar o início do poema, aqui fica a que mais gostei não pelas expressão facial mas pelo tom de voz que utiliza.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

sempre a aprender

Quando fotografei esta flor pela primeira vez, no meu bocadito de terra, num dia de chuva, não reconheci a planta como sendo aquela que eu tanto gosto e enfeita bermas da estrada. Muito menos sabia como se chama. Tive e vou tendo a ajuda preciosa do Mário da trepadeira que logo a identificou, e muito bem, como sendo chicória.
Quis saber mais sobre esta planta, na posse do seu nome a pesquisa é fácil, pensei.


´flor de chicória chichorium intybus, L
esta é a que existe lá no meu terreno, é única e pequenina

 A pesquisa não se revelou assim tão simples e elucidativa, aparecendo com o nome chicória também aquela espécie de alface frisada e comecei a ficar baralhada, se seriam todas da mesma família ???...???


 aqui a planta completa

 Depois de muitas páginas de chicória, encontrei alguns artigos para os quais vou deixar o link e que finalmente me tiraram quase todas as dúvidas


 esta brilhava no monte da Senhora da Encarnação, lá em cima, e parece que precisa de ser passada a ferro

Na infopédia colhi alguma informação, com fotografia, mas ainda estava baralhada, a seguir encontrei um artigo da Fernanda Botelho que costuma fazer umas formações em Leiria sobre plantas e com quem já fiz uma "Atelier de Plantas Medicinais" e aqui está ela a dizer da sua justiça,... ... também encontrei esta receita de fusili com chicória e não sei se será feita com esta chicória ou outra 


esta também no monte da Senhora da Encarnação, cá em baixo

persistiam dúvidas e continuei a pesquisar e fui ter aqui, onde explica bem a maneira de fazer o chá e as propridades medicinais...  ...  ... finalmente nesta tese de João Lúcio Crujo Gamito, aconselho a ler pelo menos a introdução (pág 12 e seguintes do ficheiro) fiquei satisfeita, mas talvez ainda pesquise mais sobre esta plantinha de flores azuis do céu.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

dizer e desdizer

Dizia eu, há algum tempo, que nunca seria capaz de fotografar esta borboleta.
Pois hoje, andava eu a tentar fazer qualquer coisa, eis senão quando vejo uma borboleta dessas que parecem um colibri, e que anteriormente, apenas pelo que li, identifiquei como macroglossum stellatarum. Pois acho que acertei (como alguns médicos que nem precisam de nos apalpar e mandar fazer análises para acertarem na doença :). Andava a alimentar-se nas esporas, larguei tudo e lá fui apontar ao calhas na direcção onde andava a malandrinha. Já em casa fiquei admirada por conseguir duas fotografias mazinhas mas que dão para a identificar melhor. Às vezes penso que sonho e então nada como registar em imagens aquilo que vou vendo.

Este bocadinho de terreno, cheio de esporas, já nem me lembro o que semeei, acho que ervilhas. Tenho tanto que fazer lá na terrinha... apanhar as faveiras e favas, as cebolas, as batatas (não fui a tempo e as formigas já as tinham devorado), as formigas utilizaram as minhas mini estufas, a embalagem dos cigarros ou do papel higienico, para por os ovos, descobri isso hoje quando as fui regar e de lá sairam ovos de formiga aos borbotões, também tenho para lá uma toupeira ou não sei que bicho que faz túneis por todo o lado e quando rego, se por exemplo deixar por lá a mangueira e for fazer outra coisa, quando volto a terra continua seca e toda a água se sumiu por esse buracão. E tenho que cortar erva. Aquilo já parece a amazónia com colibri e tudo.