terça-feira, 31 de maio de 2011

flores na cidade

Esta fotografia foi tirada em 26 de Maio, do ano passado, numa rua da cidade de Leiria.

Chamou-me a atenção porque nunca tinha reparado na flor do trevo. Agora como ando mais atenta as estes pormenores, achei a flor parecida com a da azeda. Também a azeda é conhecida por trevo-azedo. Este trevo, que dá flores cor-de-rosa não sei se será azedo que não o provei... mas é trevo concerteza.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

em casa

na faxinagem, pouco há a dizer, a não ser  que este trabalho nunca está feito, é verdade.

Para atenuar vou ouvindo o Rui Veloso num LP que por ali anda.

Lá fora o tempo também não ajuda, ora chove, ora faz sol.

Mas ainda vou dizendo que, por aqui, campanha eleitoral só oiço dos usuais e mesmo esses com pouca voz. Muito sinceramente nem sequer conheço algumas das alternativas de voto. Não oiço nada, não vejo nada, nem papéis, nem na televisão. Já ninguém faz nada só por amor à camisola ou quê?  Ontem passei na Marinha Grande e também aí pouca propaganda política ou posso mesmo considerar nenhuma... Ando admirada com tudo isto... Todos caladinhos que nem ratos...

Aliás Leiria tem estado às moscas. Onde andarão os leirienses? A fazer turismo gastando os últimos cartuchos? Onde é que eles andam?

domingo, 29 de maio de 2011

parecenças

Porque às vezes há parecenças que não se parecem mesmo nada... lembrei-me do que noutro dia me perguntaram quando fui ao ex-emprego e estava na conversa com os colegas.

Vem de lá o chefe e diz:

- " Oh D. x, sabe qual é a diferença entre um xx (trabalhador) e um relógio?"

- " Não deve ser nenhuma" ?!

- " É que aos xx (trabalhadores) quando lhes dão corda param."

- " Boa,   chefe! Já estou no ir, vou dar corda aos sapatos."

sábado, 28 de maio de 2011

lá dentro

cá fora

 ao chegar, 3 formigas grandes colaboravam para levar qualquer coisa redonda que não consigo identificar, lembrei-me que nem sempre nos ajudamos, como as formigas...cada vez se olha mais para o umbigo...


 no muro nasceu esta planta carnuda, que agora está cheia de flores
nos muros da cidade também nascem algumas, um dia destes tiro-lhes  o retrato...

já de saída,
uma cobrinha passeava junto ao muro
logo uma vizinha a matou com o pé
e um de nós ficou enraivecido...

segredos

Há assuntos para os quais ninguém tem  resposta, ninguém sabe, ninguém diz. Perguntas a que ninguém sabe responder. Quando sou eu a perguntar, questiono-me se serei caso único. E invariavelmente me respondem que há mais ou muitas pessoas na mesma situação. Vem isto a propósito da minha mobilidade e onde anda o bendito papel a pedir a licença extraordinária, há mais de uma ano sem resposta.

Aleluia! Descobri ontem, onde está e porque está parado. Podiam ter-me dito há muito mais tempo o que me dava uma outra visão do assunto e outras cartas  para jogar. E dado que algumas pessoas por aqui passam a saber coisas sobre a mobilidade vou contar o que me informaram.

Os  pedidos de licença extraordinária estão parados, nos serviços, nem sequer têm sido remetidos para o ministério das finanças, à espera dum decreto, duma lei, sobre o mesmo, há aproximadamente um ano. Podiam ter dito qualquer coisa! Ou talvez só alguns soubessem. Pelos vistos já saiu qualquer legislação, ou não,que não me disseram ao certo, mas talvez uma das diferenças seja a data em que o pedido tem efeitos. No passado era autorizado à data que era pedida nem que fosse publicada passado um ano ou mais. Presentemente talvez essa data seja aleatória e à vontade de quem assina. Esse pequeno pormenor muda drasticamente todo o processo. E aqui não me alongo pois cada caso é um caso.

Pesquisei e descobri a dita legislação, Portaria nº 182/2011, de 5 de Maio, que pode ler-se aqui ou aqui.

Seja como for o meu papel está parado e muitos outros. Mas costuma-se dizer que com o mal dos outros posso eu bem.

As informações são difíceis de conseguir, tiradas a saca rolhas, ainda sem confirmação de outras fontes... parece até um segredo de estado...

Entretanto cá o eu fica numa definição não definida, e talvez por mais uns tempos.

Brevemente, ou não, leiam as cenas dos próximos capítulos...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

liberdades

Fui ao café, aqui ao lado, e a empregada exibia um decote, digamos até ao umbigo..., fui almoçar num restaurantezito e a empregada também andava meia despida...
Pois claro que está calor e estas duas pessoas em questão até são boazonas e talvez seja uma forma de atrair a clientela, quem sabe.
Quanto a mim, incomoda-me um bocado até porque Leiria ainda não é uma estância balnear e turística e um mínimo de trapinhos em cima das empregadas que servem alimentos acho que não era exigir demais.
Quanto aos homens têm onde regalar a vista, talvez os impeça de olhar para a televisão.
Tive vontade de tirar uma fotografia, mas não o fiz...
Viva a liberdade mas um bocado de bom senso não fazia mal nenhum.

fala quem sabe II

Miguel Sousa Tavares - Grande Reportagem - Março 1997

Recebido por e-mail em pdf,  já com sublinhado a vermelho (não sei de quem são essas notas), transformado em ficheiro imagem e sublinhado por mim a verde.

Abram os olhos. Estamos mais que dependentes do estrangeiro para comer! Se não acreditam em mim acreditem em quem sabe.

fala quem sabe

Texto integralmente copiado do citador


A Escola


Não podemos negar que a escola não deu aos seus alunos todas as possibilidades que lhes devia dar, desprezou os mal dotados, obrigou-os a actos ou tarefas que lhes depuseram na alma as primeiras sementes do despeito ou da revolta, lhes deu, pelo quase exclusivo cuidado que votou ao saber, deixando na sombra o que é o mais importante — formação do carácter e desenvolvimento da inteligência —, todas as condições para virem a ser o que são agora; se não saíram da escola com amor à escola, a culpa não é deles, mas da escola. Acresce ainda que, lançados na vida, a escola nunca mais procurou atraí-los, nunca mais foi ao encontro dos seus antigos alunos, para lhes aumentar a cultura, os informar e esclarecer sobre novas orientações de espírito, para lhes pedir a sua colaboração, o seu interesse na educação das gerações mais moças. Houve um corte de relações, quando a sua manutenção poderia ainda de algum modo apagar as más lembranças que os alunos levavam. Que admira que sintamos agora à nossa volta paixão e rancor? Tivemo-los nas nossas mãos e não fizemos por eles tudo quanto podíamos, mesmo com as possibilidades económicas e pedagógicas de que nos cercara o meio; em nós temos de reconhecer o principal defeito; por consequência, também em nós a principal causa do ataque.


Agostinho da Silva, in 'Glossas'

quinta-feira, 26 de maio de 2011

tempo de antena

Há quem diga que desta vez, nas eleições, só há 2 partidos em jogo, o PS e o PSD.

Esses são os que já não deveriam estar em jogo. Têm partilhado o poder, em anos alternados e o resultado está à vista. Já deviam ter sido despedidos.

Votem noutro; eu cá digo mais para a esquerda, vá um bocadinho mais, aí.

Recebem, os partidos, x vezes o números de votos nas eleições anteriores, para a campanha actual. Assim os grandes ficam maiores e os pequenos mais pequenos. Mas a que propósito isto acontece? Isto está legislado? E de quem foi a brilhante ideia. A que propósito gastam o nosso dinheirinho em campanhas partidárias, embora sempre falte para a saúde e outros bens essenciais.

Tipo informação, não foi com voto meu que têm governado.

Lembrei-me duma coisa que hoje ouvi de uma pessoa que devia saber o que estava a dizer. Que em Inglaterra ninguém chumba até ao 9º ano. :O  Esse, se fosse para ministro da cultura, talvez legislasse nesse sentido. Sim porque gostamos de imitar, mesmo sem primeira fazer qualquer reflexão.

Voltando à vaca fria, vou confessar que não tenho ido votar nos últimos anos. Mas desta vez vou, vou e vou.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

agressões nas escolas

De vez em quando vêm destas notícias para os telejornais. Há tempos um video em que uma professora pedia o telemóvel à aluna e ela reagia agressivamente. Ontem uma aluna a ser pontapeada pelas colegas. Em qualquer dos casos a  cena é filmada por colegas que depois o divulgam.

Quando ando perto da escola, primária ou secundária, vejo muitas vezes agressões entre alunos. Os funcionários que porventura assistem não interferem e quando o fazem geralmente atacam os atacados que se defendem. Ou seja não iniciaram a briga e na altura apenas se defendem. Tudo isto me baralha.

Serão as escolas cegas? Muitas vezes um agressor já foi agredido tantas vezes, que pensa ser uma situação normal e passa a fazê-lo.

Lembro-me de um caso passado na escola primária há poucos anos.

Um miúdo que tinha sido expulso de um colégio por agressividade e mau comportamento, enviado para uma escola pública, passava a vida a massacrar um outro miúdo, que queixando-se na escola o incentivavam a defender-se. Sendo o agressor muito maior que o agredido, o segundo defendeu-se dando-lhe uma dentada. Aí foi o fim do mundo, que deu uma dentada ao colega. Para rematar, a professora deu-lhe com o chapéu de chuva na cabeça. Entretanto o primeiro agressor continuou a massacrar toda a gente, a perturbar as aulas, nunca sendo castigado pela escola, até porque era bom aluno.

Este é um caso exemplo dos muitos de que tive e tenho conhecimento. Geralmente os agressores armam-se em santinhos e não assumem o que fazem. Pagam os agredidos por se defenderam ou imitarem o que vêm diariamente como sendo normal.

Para ser mais actual, um caso que vi há 2 dias. Um grupo de alunos, um deles o bijou, simpático, bom aluno, uma carinha de anjo, massacrava os colegas dando-lhes estaladões na cabeça e pescoço. Os outros de inicio aceitavam depois corriam atrás dele para lhe fazerem o mesmo. Este bijou que sei ser bom aluno, nunca será castigado de nada. Bom aluno, bom aluno, dizem os professores. Simpático, lindinho. Dão o pontapé e escondem o pé.

Faço nota que nenhum dos casos tem a ver comigo, apenas cenas a que assisto e tenho olhos para ver e ouvidos para ouvir.

O cenário escolar é bem negro ao nível de comportamentos.

E com câmaras a filmar, em algumas escolas e os professores e empregados que por lá trabalham, fico confusa porque as escolas dizem sempre que está tudo bem, que não há problemas e os filmes que aparecem são divulgados por alunos, agressores ou coniventes.

Para finalizar, sempre me incomodou e incomoda a mínima agressão física, e nunca a permiti. Tive sorte de não ter que frequentar escolas como as actuais. No meu tempo só reguadas, dessas não escapei.

terça-feira, 24 de maio de 2011

quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão

é uma frase utilizada para definir pessoas que não tendo conhecimentos se atrevem a falar sobre o assunto, frase que bem se adapta à minha mania de não só fotografar mas também querer identificar plantas ou animais que vislumbro, e não só.

Escrevi a um amigo, privado dessas vistas, e como capa imprimi uma colagem de borboletas e flores... na resposta disse:

"Olá borboleta
Gabo-te a paciência de andares a fotografar borboletas, como se fosses uma paleontóloga, que são as pessoas que estudam as borboletas, morcegos, as fossas abissais, os ribeiros, as areias, etc. etc. Se outra coisa não resolvem ajudam a não pensar nos problemas que já são que chegue.
...
Imagino que tenhas paciência para fotografares algo de interesse. É um bálsamo para mim."

Sou teimosa e continuo a fotografar, coisas de interesse, para mim, e também a procurar os seus nomes.

Sendo assim, procurando o nome da flor que noutro dia fotografei, e aqui com outros pormenores, onde dá para ver as folhas e como o caule se enrosca nas outras plantas




descobri que se trata da corriola das sebes, calystegia sepium, L., nome que descobri aqui, e ao  pesquisar, já pelo nome, fui dar aqui onde confirmei a identificação e colhi mais informações sobre as características, qualidades medicinais etc.

Dá-me prazer fazer estas pesquisas...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

o bufo

Os meus conhecimentos não me deixam dizer se será o bufo real, ou um bufo pequeno ou grande, mas de certeza um bufo.

Na tenda do falcoeiro exitiam diversas rapinas mas este era o que todos queriam fotografar, eu também, não sei se foi porque era o único que se mantinha alerta a qualquer som, se pelas saudades de ver rapinas a sobrevoar os nosso céu, que já vejo poucas. Ave magnífica!

Bufo: s.m. Ave nocturna do género coruja; corujão; Fig. Homem avarento. Homem misantropo. Pop. Espião da polícia (in Dicionário Prático ilustrado da Lello)

no sentido prejurativo e popular também é sinónimo dos que contam o que não devem nem lhes diz respeito.

A minha passagem pelos festejos do dia da cidade e feira quinhentista, em Leiria, foi curta porque outros assuntos me prenderam, mas aqui fica esta pequena achega.


domingo, 22 de maio de 2011

divagação

insecto do tamanho da cabeça de um alfinete

para quê tanta guerra, tanto ódio, luxo, ambição... ?
se esta é também a nossa dimensão, no universo.

sábado, 21 de maio de 2011

para regalar os olhos

Hoje venho triste. Fui dar com o ninho cheio de formigas e os passarinhos mortos a serem comidos por elas. Gosto muito de animais mas é sempre a mesma história. Ou temos que os matar para comer, ou eles morrem sem outra razão que não seja o destino de todos nós.


as minhas framboesas são diferentes das que costumo ver à venda. têm este meio branco. Por enquanto só vou nas provas, misturadas num yogurte, que bom!

Para me animar apareceram por lá diversas borboletas diferentes, e consegui fotografar estas

a vanessa atalanta, pousou na tampa do motor do poço, visita-me de vez em quando




e a lycaena phlaeas, que vejo por lá pela primeira vez.


estas flores são de umas trepadeiras que se enroscam nas outras ervas, tenho ideia de as ver de outras cores mas por enquanto duas brancas.


este insecto engraçado,com as coxas gordinhas e verde brilhante estava na flor de uma cebola


esta planta muito estranha nasce junto ao muro do poço

plantas que chocalham

Sempre gostei de abanar estas plantas para as ouvir. Parecem chocalhos.

o chocalheirinho Briza minor L.

chocalheira maior Briza maxima L.

depois de secas ficam bem a enfeitar.

amor

Recebida via e-mail.


Um casal de amigos caminhava pelo pasto de uma fazenda, até que viram um cavalo transando com uma égua, e a amiga logo perguntou... .



- Carzarbertoo...., o que é aquilo?


- Elis tão casalano, sô! A égua tá no cio, o cavalo percebeu isso e ta mandano brasa!!!


- Mais cumé co cavalo sabe que ela tá no cio, Arbertoo?


- Aaara!!, é co cavalo sente o cheiro da égua no cio, sô!


Passaram mais adiante, e tinha um bode transando com uma cabra, e a amiga perguntou de novo, e o amigo deu a mesma resposta.


Mais na frente, lá estava um touro pegando uma vaca, e ela tornou a perguntar, e ele deu a mesma resposta: que o boi também sentia o cheiro da vaca no cio.


Foi aí que a amiga perguntou:


- Ô Carzarbertoo, se eu perguntá uma coisa pr'ocê, ocê jura que num vai ficá chatiado?


- Craro que não, miga! Ocê pode perguntá!


- OCÊ TÁ COM O NARIZTUPIDO???

 
E você está com o nariz entupido???  :)))

Leiria está a bulir

Acabada de chegar da rua, de ouvir um concerto ímpar- uma japonesa a cantar em japonês e eu sem perceber patavina e na 2ª parte a cantar em português, letras de Tiago Patrício, e patavina percebi. Mas há sempre alguma coisa que se aprende. A menina Hana Kogure tinha um caderninho, onde muito bem lia português.

O espetáculo foi no salão nobre do Ateneu, que tem este lindo tecto, a precisar de restauro


no intervalo, de 15 minutos, fui à rua e deparo-me com um espetáculo mesmo ali ao lado, ao pé da fonte luminosa, um grupo que cantava em francês...


... e umas barraquinhas de vários países estrangeiros. Pensei voltar quando acabasse o outro...

De volta, para a 2ª parte, tirei algumas fotografias, sem flash...
esta um bocado tremida, mas penso que estávamos todos tremidos...


e esta um bocadito melhor...
de volta a casa ainda consegui gastar 10 €, mas esses foram bem empregues. Desta vez vou experimentar comer violetas cristalizadas...

esta fotografia com flash tb não ficou grande rolha

amanhã vou dedicar-me à agri-cultura e à noite talvez vá enfiar mais uns barretes, pois o programa para amanhã e durante uma semana é extenso e e medieval. No site da cm Leiria, que a esta hora não funciona por isso não deixo o link, pode ver alguma informação, ou, consultando a leiriagenda, no mesmo site, que agora tem uma letra minúscula que não consigo ler on line.

Provando uma violeta,... é bué rija, alguém me diz como é que isto se come... hum cheira-me a barrete, hum, talvez não, chupei um bocado e ... muito açúcar e lá no meio um bocadito de violeta. Cheira tudo a violetas de Provence. E falando de violetas, estou à espera que umas violetas bravas (o que o meu pai lhes chama) dêem flor para as fotografar, são brancas e bem cheirosas, será que se chamam violetas?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

flores da horta e borboletas

A borboleta residente na terrinha é a pararge aegeria, aparecem muitas, durante todo o ano, gostam de fazer pose para a fotografia mas hoje acabou-se a pilha da máquina. Mas como dessa borboleta tenho uma grande colecção de retratos, deixo aqui uma das melhores, tirada no ano passado, em Julho



Passam por lá outras, esta de certeza, uma maniola  jurtina.

hoje vi uma borboleta e pensei estar a ver um colibri, que penso seja uma macroglossum stellatarum, porque segundo rezam os livros a lagarta alimenta-se de amor-do-hortelão que este ano abunda por lá. Essa não vou conseguir fotografar nunca por isso deixo o link  duma bela fotografia, e aqui, com muita informação.

 já aparecem algumas flores de courgette

 flores dos coentros

 a flor do diospireiro já se tranformou num pequeno fruto

flores silvestres e passarinhos

Hoje até estava receosa de ir à terrinha por causa dos passarinhos, depois do temporal dos últimos dias, mas afinal estavam bem :) ainda amontoados mas já a ganhar penas.


começaram agora a aparecer estas flores que penso sejam da família das cebolas

 afinal também há cabacinhas côr-de-rosa

 ao lado das brancas, ou será outra espécie?

 e ainda estas bonitas florinhas que andam a infestar a minha alfazema que está quase morta


bater com a cabeça na parede até partir a cabeça ou a parede

Como é lógico a cabeça é que vai à vida.

Mas não tenho emenda. Cá para mim se não estou de acordo com uma situação também não me aproveito dela. E se quero ter o direito de criticar os lambe botas, os seguidistas, os oportunistas e carneiros que por aí polulam não vou ser como eles.

Pois, mas depois com que compras o bacalhau?

Tudo isto a propósito dos cursos  oferecidos a qualquer um. E das equivalências que dão à nossa sabedoria.
Não aproveitei o curso dado logo a seguir ao 25 de Abril porque sem haver aulas, nem avaliações e com passagens administrativas, não queria mostrar um diploma daquilo que ignorava. Posteriormente até foram elevados a engenheiros ... sem saberem nada de nada. Para mim seria uma vergonha exibir tal documento. E fui burra mesmo, com a mania da retidão.

Depois seguiram-se facilidades, pelo que me contam pessoas que as aproveitaram... mais equivalências sem sabedoria.

Em contrapartida quando quis voltar a estudar também não podia aproveitar as disciplinas que já tinha :(

Há pouco tempo e ainda em curso, penso eu, os RVCC. Conheço pessoas que tinham o 2º ano antigo, ou ciclo e com 2 RVCC, um para equivalência ao 9º e outro para equivalência ao 12º já vão andando. Essas competências e essas histórias de vida são, enfim, não sei que adjectivo usar... Muitas vezes o portfolio completamente feito por outrém. Que histórias de vida fantásticas que têm os portugueses e que conhecimentos fantásticos adquiriram a lavar chão e escadas. Quanto ao teclado do computador e às traduções pedem a quem sabe. Que rico país, tão letrado e tão culto.

Mas para que estás a reclamar se também isso não quiseste aproveitar? Vá bate com a cabeça na parede que sai sangue de certeza. A tua força mental não te safa desta. Eles exigem o diabo do papel, não querem que saibas nada. Só precisas dizer que sim a tudo e mostrar um papel.

E aqueles cursos de computador para prostitutas e de jardineira ou marceneira para contabilistas? Isso também é fixe não! Há que gastar bem gasto o dinheiro que nos enviam para melhorar a economia... E depois isso é uma mama para os formadores, coitadinhos. Sempre ganham mais algum, o resto não interessa nada.

E isto tudo porque agora fazia-me falta o tal papel do RVCC, da equivalência ao 12º, mas eu que não estive para estar a aturar aquelas criançolas, sem chá, sem carisma, sem nada, direi mesmo parolos, e burros e mal formados, que me iriam dar a dita equivalência.

Agora bate com a cabeça na parede mais uma vez, vá bate! E não aprendo, pois não. Não quero essas equivalências, não quero nada disso.

E depois do RVCC, entram quase de carrinho para a universidade. Dizia-me noutro dia uma dessas. Hoje tive aulas com fulana de tal que é o guru da psicologia. Guru? Tu por acaso sabes o que é um guru? E a conversa continuou... Nem ao Sartre eu chamaria guru quanto mais. Esta, como outras, nem com 10 cursos superiores me convencerão, nunca. E porquê? Porque basta abrirem a boca para me decepcionarem.

Ants quero continuar a lamber o pó da calçada do que ombrear com tal rebanho.

Pronto, já desabafei. Agora vou enviar o meu curriculo, com o meu 5º ano antigo e frequência do 7º (que não vale nada) e provalemente vou ser excluida. Paciência! Não sabem o que perdem em não fazer parte do vosso staff.

E nem sequer vou reler este relambório para não me lembrar disto. Eu agora só quero é coisas agradáveis, o contacto com a natureza e a reciclagem.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

o gabu


Na quinta existia um chimpanzé, de nome gabu. Quando o conheci já tinha uns anos e sempre tinha ali vivido, numa jaula improvisada donde se tinha escapado por diversas vezes e chegou a atacar e magoar alguém que certamente lhe tinha feito alguma brincadeira de mau gosto. Isto foi o que me contaram porque a minha relação com o gabu, separados por grades, sempre foi óptima. Pedia-me água e eu dava-lhe, catava-me cuidadosamente, dava-lhe vinho e morcelas quando da matança e adorava pipocas que lhe dava à boca. Muito cuidadoso a lidar comigo mas com as grades a separar-nos; e dava para perceber a força brutal desta animal.
Estava grávida e só havia 2 opções. Ou fazer uma jaula em condições ou dar o gabu para o zoo. Com muita pena minha, foi escolhida.a 2ª opção. Acabadinha de ser mãe, fui ao zoológico. E lá estava ele, imponente. Reconheceu-me e fez uma algazarra. Saltei o muro e fui dar-lhe pipocas. O momento ficou registado, em 1978.

terça-feira, 17 de maio de 2011

quando as coisas não correm bem

No domingo passado fui até ao local do costume, a Senhora do Monte.

O dia estava quente e várias familias almoçavam à sombra das árvores. No local existem mesas, baloiços e assadores.

Mas o que haviam em profusão eram borboletas, tantas e de tantas variedades. Pretas, côr-de-laranja com pintas pretas, zebras, uma grande que parecia um avião de papel, castanha e amarela, também passou por lá uma branca ou amarelo claro... Sempre armada com a minha máquina-zinha lá vou tentar umas fotografias.

Mas que dia azarado para o retrato. Nem uma se aproveitou, mas como são borboletas que nunca tinha visto aqui ficam as melhores.

A azul acrecentei os nomes propostos pelo Mário da trepadeira, que provavelmente sabe mais sobre borboletas num dedo que eu no corpo todo.

 preta com óculos brancos - talvez nordmannia ilicis ou Satyrium ilicis
Pyronia bathseba

 esta, fotografada em 3 posições distintas, talvez seja a lasiommata megera ou maera, confome é chamada aqui mas costuma ser muito mais fácil descobrir-lhes o nome.

As borboletas andavam hiperactivas, esvoaçavam, subiam ao pares e desciam em remoinho... paradas é que não ficavam. As grandes, passavam a grande velocidade. Estavam a adivinhar chuva,

Para este post não ficar cheio de fotografias péssimas, deixo aqui uma imagem tirada em 19 de  Julho de 2010, porque foi nesse dia que começou a minha saga das borboletas. Esta linda papillio machaon esteve ali a um passo de distância, e fez uma belissima sucessão de poses para a fotografia, sempre a olhar-me nos olhos. Fiquei a partir desse dia vidrada em borboletas.

flores silvestres

O dia ontem esteve lindo, e consegui umas fotografias razoáveis.
À noite choveu e trovejou e eu preocupada com as lálás.

Cabacinha, erva-cabaceira, e ainda é conhecida por outros nomes
silene gallica 
confirmado o nome atribuído aqui


 arranquei uma para ver a forma e disposição das folhas


depois descobri um pé de esporas brancas, com uma pequenissima cercadura lilás.



é a primeira vez que as vejo brancas e o único pé, por enquanto

(se clicar nas imagens ficam maiores)